11.30.2012

O que seremos. Ou o que nunca fomos.

Somos o que somos. Podemos até nem perceber bem o porquê de sermos assim, mas tentar negar a nossa verdadeira essência é dos maiores erros que podemos cometer. Temos que nos adaptar claro, ir aprendendo com os erros, ir "limando aqui e ali umas arestas" para aperfeiçoar o processo. Mas a essência tem que permanecer inalterável. Temos que ser honestos a nós próprios. Mesmo que doa, mesmo que se caia, mesmo que por vezes se duvide do que somos. É claro que o processo de revolução pessoal pode levar a alterações à estrutura base. Estamo-nos sempre a reinventar, a mudar de interesses, de paixões. Seja por influências positivas, seja pela porrada inevitável que a vida nos dá. Mas, e volto-me a repetir, a nossa verdadeira essência está sempre lá. E entregarmo-nos a este nível, com esta dedicação, é arriscado. E intimidante. Por vezes mais aos outros que a nós próprios. Tenho para mim que a felicidade está lá. Apenas em patamares diferentes e de formas diferentes. Nem todos podem ser felizes da mesma maneira. Cabe-nos a nós, enquanto indivíduos, encontrá-la e percebe-la. E não desejar modos de felicidade alheia. A maior parte não respeita a essência, contradiz os sentimentos e afasta a sinceridade e honestidade.

11.14.2012

Mentes

Sussuros ardentes Beijos carentes Festas dormentes Saudades ausentes

11.13.2012

Esquizofrenia

"A esquizofrenia fazia-me sentir doente. Diziam-me que não era eu naqueles momentos. Que fazia coisas que não se deviam fazer. Não era normal diziam eles. FUCK NORMAL be you! Disse eu. E por fim disseram que afinal não era esquizofrenia. Era maluqueira. Que devia ser tratado. Diziam-me que eu não sabia o que estava a fazer, que não tinha noção. Não era culpa minha, era da doença. E que isso era normal. FUCK NORMAL! Disse eu. Então se calhar és só diferente. E o mundo não gosta do diferente. Não te podem levar a sério porque não te entendem. Tudo o que é diferente é necessariamente errado. E contra isso não podes fazer nada, é o normal. FUCK NORMAL, be you! Voltei a dizer. E continuei: ouçam o mundo. Ouçam o diferente, ouçam o que não ouvem. Vejam o que não querem ver, pensem como nunca pensaram. Façam o que querem fazer, apenas e só PORQUE O QUEREM FAZER. Isso sim, é normal. E sim, Fuck their Normal. Don't fuck your normal."

11.09.2012

Confiança

Por vezes temos que agitar as coisas. Fazer algo que não se espera. Cortar com o banal. Porque o comum todos fazem. O normal, já foi vivido. Se queremos sobressair de alguma forma temos que ser arrojados. Confiantes. Seguros do que temos para oferecer. E não hesitar. Partir à descoberta, sermos receptivos à mudança e à diferença. E realmente sê-lo. Ter um objectivo, uma crença, uma mensagem. E espalhá-la até que nos doa a voz. Até que as pernas já não consigam andar. Até que, por fim, a diferença se torne comum. E o normal volte a ser inventado.

Be Happy

Há em todos nós uma necessidade intrínseca de sofrer. De sentir intensamente. De abraçar e amar. De chorar e gritar. O sofrimento é entendido como uma penitência de pecados que nunca cometemos, de erros que nem deveriam ser classificados, quanto mais considerados relevantes para a nossa condição. O que nos causa mais emoção é necessariamente o negativo. Ou melhor, a nossa felicidade tem como medida a quantidade de sofrimento que iria causar caso cessasse actividade (a felicidade claro). Somos mais felizes quanto mais podemos sofrer. Num futuro hipotético. Assusta-nos talvez viver no momento. Sentir a felicidade como algo palpável, mensurável e assente em si mesma. Mas é exactamente isso que temos que fazer. Somos felizes porque o somos. Ponto. Nada mais interessa que sabermos que o somos. É relativo, claro que sim. Depende de dia para dia, depende do sorriso, do cheiro que teima em ficar nas roupas, naquele riso que se instalou num canto do cérebro em repeat. Num abraço dado de forma mais invulgar e espontânea. Um café tomado a dois, a três ou a quantas pessoas o nosso mundo permitir. É ser feliz sozinho, sabendo que nunca o estás. E nunca o estarás. Porque ser feliz é fácil. Basta sorrir.