3.14.2013

Um ano, uma vida

Amo-te.
Desejo-te.
Com toda a vontade
Com toda a honestidade.

Odeio-te
Anseio-te.
Com a calma de quem quer
Um dia amar-te.

Um ano, uma vida
Um dia, muita página lida
Muita palavra escrita, 
Muita história vivida.

Uma vida de desejo
Uma noite fraquejo
E digo-te sem um pestanejo 
Sem bocejo, nem pejo
Que no meu coração um latejo
Me diz o quanto te desejo.

3.11.2013

Adeus

Há muitas maneiras de dizer adeus. Até há maneiras de o dizer sem fazer nada por isso. Uma sombra qualquer no olhar, um canto da boca ligeiramente descaído, uma mão entrelaçada na outra.
Um "adeus" inaudível é sempre mais pesado, sempre mais sentido e acima de tudo bem mais triste do que apenas uma palavra.
Um adeus na palavra, um adeus num abraço, um adeus num beijo. Estes deixam marca, deixam uma memória. Deixam uma impressão num qualquer sistema cerebral que nos causa emoção. Um adeus sem nada, um adeus sem nota, sem mensagem, sem cor e sem brilho apenas nos desperta a noção de vazio. A noção de que nem na hora do adeus, nem na hora de nos lembrarmos de quando se disse adeus, nem nada nos vai preencher o vazio.
Porque pior que dizer adeus é não saber que se disse adeus.