1.16.2012

A decepção

Constato que esta sociedade vive não só uma enorme crise de identidade, de falta de sonhos e ambição, mas acima de tudo uma enorme crise de valores. A falta de respeito e consideração por aspectos básicos da educação, aliados a uma falta tremenda de alternativas e de esperanças, estão a destruir as comunidades. O egocentrismo mais que nunca torna forma. Uma época em que o que interessa é o próprio, sem ter em consideração impactos e repercussões de acções, actos e palavras. Uma desresponsabilização e ignorância completa face à superficialidade com que se estabelecem e destroem relações. Nada é garantido, muito menos a palavra. E quando se esperava uma evolução no sentido de consciencialização pela sociedade e pelos outros, eis que se assiste exactamente ao contrário: a um completo atropelo pelo respeito e acima tudo uma perca completa da identidade sociológica que tanto se lutou para conseguir.

1.10.2012

Um abraço e um beijo

"Um abraço e um beijo era o que bastaria. Sonhar ainda é permitido, vou continuar a sonhar mesmo que toda a minha história de vida me diga que não vale a pena. Não vou desistir obstante de tudo o que acontecer. Porque a esperança é a última a morrer. E se há coisa que nos salvam neste mundo de agora é a esperança. É aquele canto do coração que teima em não gelar. Aquela parte do cérebro que teima em manter-se com um sorriso. Aquela réstia de olhar que nos pisca o olho."

1.03.2012

O Título

Quando escrevo um texto imagino o conteúdo dele. Imagino o rumo que a conversa vai levar, os aspectos sobre os quais quero escrever. Claro que quando o acabo de escrever, e ao lê-lo, rapidamente me apercebo que afinal não escrevi nada do que queria. Volto ao princípio, mudo-lhe o título, e publico. Ao pensar nisto não deixo de tentar fazer um paralelismo com a minha vida. Com as minhas acções e palavras. Sou um ser extremamente espontâneo, para o bem e para o mal. Ou melhor, para o bem, ponto. Porque o espontâneo é o real, é o não pensado nem analizado. O instinto portanto. Tudo o que digo e faço é sentido, e não pensado. Com dissabores e arrependimentos, porque se muita vez o primeiro instinto é o mais correcto, a transcrição desse instinto em acções muitas vezes não é o ideal. Com a desvantagem de não poder voltar atrás e mudar o título.